quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Olhos d´um Paulistano

Olhos d´um Paulistano
(Felipe Salu)


Fulguras, óh minha São Paulo ostenta,
Tempo para o lazer,
Ah, esse a gente inventa;

Em todos os lugares,
Esquinas com prédios,
Que a vista se perde de tantos andares;

No paraíso ou no cume do Brasil,
Essas pessoas correm a mil,
Mesmo as que não tem onde ir,
A graça é ir e vir quanto antes conseguir.

O céu não nos conta o tempo a vir,
E paulistano não esquece seu souvenir,
Camiseta ou cachecol num dia à toa,
O importante é chegar em casa antes da garoa.

Ônibus que mais parecem navios negreiros,
Em uma cidade, transportam todos os brasileiros,
Com o advento solar,
Conquistam a alforria,
Quando chega o fim do dia.

Sorrisos e lágrimas,
No meio de milhões,
Paulistano sente a solidão,
Que logo se apaga som um aperto de mão,
Vindo de alguém que veio te receber,
Ao desembarcar na rodoviária do Tietê.

São Paulo de caras mil,
Gentes de todo o Brasil,
Que sem preconceito
Abrasam-se uns aos outros,
E fazem dessa terra,
De toda a nação,
Seu único porto.